Da Igreja
Primitiva à Igreja Católica Romana.
A propagação
das Boas Novas começou pelo povo judeu. Quando Jesus começa a pregar o
evangelho, Ele especificamente o direciona à uma nação, a nação de Israel, como demonstrado nas próprias palavras de Jesus ao conversar com uma mulher de outra
nação: “Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa
de Israel [Mt 15.24]” e,
nas palavras de Paulo e Barnabé, “Era mister que a vós se vos pregasse
primeiro a palavra de Deus [At 13.46a]”.
Jesus conquistou
muitos seguidores, entre eles os doze apóstolos. Mas, se o avivamento e propagação
do Evangelho começou pelos Judeus, a apostasia também se iniciou por eles, pois,
apesar de milhares de judeus terem se convertido, como nação, eles rejeitaram
Jesus Cristo.
Mas, visto que a rejeitais (a Palavra de Deus), e vos não julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios [At 13.46b].
Quando os Judeus como nação, rejeitam a Palavra de Deus, a
porta para a propagação das Boas Novas foi aberta para as outras nações, ou
seja, os gentios. O que foi feito principalmente pelo ministério do Apóstolo
Paulo.
Porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te
pus para luz dos gentios, para que sejas de salvação até aos confins da terra
[At 13.47].
E sucedeu que todo um ano se reuniram (Paulo e Barnabé) naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados de cristão [At 11.26].
Era vontade do Espírito Santo que o Evangelho, se espalhasse
pelo mundo, mas, para isso, era necessário que fosse pregado em Roma, pois,
Roma era o centro do mundo daquela época.O Senhor disse a Paulo:
Paulo, tem ânimo! Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma [At 23.11].
O evangelho
universal precisava de uma língua universal para exercer um impacto real sobre
o mundo da época. Alexandre “O Grande” anteriormente aos romanos já havia
espalhado a língua Ateniense pelo mundo antigo, o qual passou a ser chamado de
helenístico. Após a ascensão de Roma, este dialeto continuou a ser usado
amplamente. (Semeador, 2005, Pg. 11.)
Em Roma a igreja foi perseguida, e passou por
momentos difíceis, onde muitos homens e mulheres morreram por amor a causa de
Deus. Nero e Dominicano, foram os primeiros a perseguir a igreja, depois veio a
perseguição do Estado.
Os primeiros editos, com ordem de perseguição aos cristãos, foram promulgados em março de 303. Diocleciano ordenou o fim das reuniões cristãs, a destruição das igrejas, a deposição dos oficiais da igreja, a prisão daqueles que persistissem em seu testemunho de Cristo e a destruição das Escrituras pelo fogo. Um último edito obrigou os cristãos a sacrificarem aos deuses pagãos sob pena de morte caso recusassem (Semeador, 2005, Pg. 31.)
Essas
perseguições não pararam a igreja, pelo contrário, contribuíram para que o número
de cristão aumentasse ainda mais.Com a chegada
de Constantino ao Império, veio também a liberdade religiosa para os cristãos.
Ele, compreendeu que não era possível destruir a igreja pela força, o melhor
seria “aliar” o Estado a ela, para salvar a cultura clássica de Roma. Aqui, a igreja
começou a ganhar poder terreno e consequentemente declinar em espiritual.
A igreja percebeu entretanto, que embora uma associação com o estado lhe trouxesse benefícios, isto lhe traria também muitas desvantagens. O governo, em troca dos privilégios, da proteção e da ajuda que oferecia, achava-se no direito de interferir em assuntos espirituais e teológicos. O longo conflito entre Igreja e o Estado começa aí. Infelizmente a igreja ganhou poder mas se tornou uma arrogante perseguidora do paganismo do mesmo modo que as autoridades religiosas pagãs tinham agido em relação ao s cristãos. Parece que no balanço final, a aproximação entre Igreja e Estado trouxe mais malefícios do que benção à Igreja Cristã. (Semeador, 2005, Pg. 41.)
Assim, ocorreu
a primeira grande apostasia. Quando a igreja, que era a primitiva, passou a ser a
religião oficial do Império Romano, a Igreja Católica Romana, através de
aliança política com o Estado em troca de privilégios terrestres. Nessa
primeira linha do tempo, percebe-se que foi por onde primeiramente o Evangelho
passou, que ocorreram os primeiros avivamentos mas que também foram seguidos das
maiores apostasias.